segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

'Fallen' é candidato a novo 'Crepúsculo' com resultado constrangedor

Baseado em best-seller, filme também tem triângulo amoroso, mas troca vampiros e lobisomens por anjos caídos. Autora e atriz vieram ao Brasil e disseram ter se emocionado com a aprovação dos fãs.
Este candidato a novo "Crepúsculo" é constrangedor, não convence no romance, nos efeitos, nas lutas... Em suma: na sua própria razão de existir, a não ser para os incontáveis fãs, óbvio, que já esperam ansiosos a continuação ou as continuações. Não importa que tudo que o diretor Scott Hicks – indicado ao Oscar por "Shine – Brilhante" (1996) – tenha a oferecer seja uma espécie de clipe do Evanescence com duração interminável.
Mas então por que acharam certo cometer o filme? Porque tinha o livro. Porque ele virou best-seller e se transformou numa saga já com sete volumes (e contando...). Porque só no Brasil a série já vendeu 1,5 milhão dos seis livros já traduzidos. Porque são milhões os fallenatics (assim são chamados os fanáticos pela obra) no mundo todo. Porque, enfim, existe um negócio chamado bilheteria.
Vamos lembrar que o livro inaugural, escrito pela americana Lauren Kate, saiu dezembro de 2009. E que, antes mesmo do lançamento, a Disney já havia adquirido os direitos da adaptação para o cinema. Sinal do otimismo de Hollywood? Nada. Era só senso de oportunidade mesmo: naquela época, "Crepúsculo" estava bombando, e parecia meio obrigatório encontrar um substituto e tal.
Lembra da romântica história da Bella, a jovem dividida entre um vampiro e um lobisomem? Daquele onipresente triângulo amoroso que envolvia a Kristen Stewart, o Robert Pattinson e o Taylor Lautner?
Então, "Fallen" tem muito daquilo. Inclusive do pior daquilo. E principalmente seres sobrenaturais. Mas agora a inspiração é bíblica, com disputa entre Deus e Lúcifer. São anjos caídos (daí o título) que circulam entre os humanos. Desceram do céu há muitos anos porque estavam a fim de mulheres mortais. Saem, portanto, caninos avantajados e pelagem em excesso, entram asas (em computação gráfica preguiçosa, a propósito).


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